Quando um filho se torna dependente do álcool ou outras drogas, a sua vida começa a se descontrolar, chegando a perder o controle e deixando para trás as suas responsabilidades sem se importar com as consequências.
Nesse momento a família, pode acabar tomando para si deveres, compromissos e obrigações que não são suas, mas que são abandonas pelo dependente.
Há um fenômeno chamado de codependência, que acaba adoecendo toda a família, uma vez que se gasta muita energia na esperança de ajudar e entender a situação do parente.
Por isso, todos devem procurar orientação com profissionais especializados, cerca de 90% dos dependentes possuem a família desestruturada, os pais se comportam de maneira distinta, um como facilitador e outro como limitador, o que acaba dando margem para que o filho seja manipulador, com chantagens, choros ou mesmo com violência.
Lembre-se, não há tratamento eficaz se o lar é doentio, por mais difícil e complicado que seja para assumir, todos precisam de ajuda.
Posso internar meu filho contra a sua vontade?
A lei 13.840 é quem regula este formato de internação, e nela reza que é necessário um parente de primeiro grau procurar um médico psiquiatra para atestar que o usuário está colocando em risco a própria vida e/ou a vida de terceiros.
Desta forma, o profissional atesta o risco de vida e faz um laudo para a internação involuntária.
Após o laudo e a internação, a instituição tem até 72h para comunicar o Ministério Público a involuntariedade.
As informações do caso são encaminhadas para a vara de saúde mental do Ministério, garantindo que os órgãos competentes fiscalizem de forma sistêmica cada instituição.
Mas eu não estaria castigando meu filho? Ele vai ficar com raiva de mim?
As substâncias psicoativas provocam mudanças na estrutura e no funcionamento do cérebro e tais alterações originam ou exacerbam comportamentos de natureza impulsiva e alteram também o juízo de valor, deixando o usuário incapaz de recorrer a medidas de contenção do uso.
É exatamente por isto que ele é capaz de trocar objetos valiosos por algum entorpecente, ou ainda mais, fazer pessoas que ele ama sofrer e depois se arrepender pelas consequências dos atos que ele mesmo rejeita, mas que acaba fazendo contra a sua própria vontade.
Tenha em mente que a contenção médica não é um castigo, é a preservação a vida.
Peça ajuda
Tudo o que um usuário de drogas precisa nesse momento de dificuldade, é de compreensão, paciência e de muito apoio.
Conclusão
Muitas famílias não sabem o que fazer ao se deparar com um membro que está usando drogas, essa situação chega a ser o medo de muitas famílias, pois não acreditam ou não querem acreditar que estejam passando por isso.
Diante disso, muitos erros podem ser cometidos, convém adotar atitudes que ajudem essas pessoas a se livrarem do vício.
É através da família que deve haver o diálogo com o adicto sobre o tratamento adequado, como também sobre outros meios para se resolver o problema.
Ela sempre será a referência de apoio e suporte nesse momento difícil e por meio dela ele possivelmente poderá encontrar motivação para buscar ajuda especializada.