O que acontece com quem cheira pó? Conheça os malefícios causados pela cocaína

Cocaína é o nome da planta de cujas folhas é obtido o cloridrato de Cocaína, vendido ilegalmente em diferentes graus de pureza e que também pode aparecer nas ruas como crack. Mas o que acontece com quem cheira pó?

As consequências para quem usa cocaína ou crack são terríveis, e falaremos sobre este assunto no post de hoje.

O ingrediente ativo é sempre a cocaína básica, que é liberada em uso. Existem várias maneiras de liberá-lo.

Pó: cloridrato de cocaína, geralmente utilizado por quem cheira o pó diretamente. Além dos danos causados à saúde, do vício e de um possível óbito, destrói o pulmão e causa desvios de septo.

Crack: surgiu inicialmente na Califórnia em 1981 e depois se espalhou gradualmente para a Europa na segunda metade da década de 1980.

Ele é produzido a partir do cloridrato de cocaína e pode chegar a cristais puros de cocaína básica, que são separados e quebrados. Dessa maneira, um grama de cocaína pode ser convertido em seis porções de crack.

Cocaína base livre: é outra maneira de produzir cocaína base a partir de cocaína-HCl. A única diferença do crack é a maneira como é feita.

Efeitos colaterais de quem cheira pó

Tradicionalmente, os efeitos psíquicos da cocaína no sistema nervoso central são resumidos em quatro estágios de gravidade variável, dependendo da dose e frequência de uso. Eles são:

1- Euforia, melhor desempenho cognitivo e motor, anorexia e insônia;

2- Disforia, caracterizada por tristeza, melancolia, apatia, dificuldade de atenção e concentração, anorexia e insônia;

3- Paranoia, caracterizada por suspeita, alucinações e insônia;

4- Psicose, caracterizada por anedonia, alucinações, comportamento estereotipado, paranoia, insônia, perda de controle de impulso, desorientação.

O aumento da liberação de substâncias como dopamina, adrenalina e noradrenalina, desencadeia uma reação de alarme no organismo, com a ativação do sistema cardiovascular e consequente taquicardia e hipertensão.

Ocorrem também tremores, contrações musculares, acompanhados por atraso no esvaziamento da bexiga e intestino.

Mecanismo de ação

A ação recompensadora da cocaína é expressa através da ativação dos neurônios dopaminérgicos do sistema nervoso.

A cocaína potencializa a transmissão dopaminérgica, aumentando a concentração de dopamina.

O aumento da dopamina ocorre devido ao bloqueio dos transportadores que normalmente a recapturam (recaptação) do espaço sináptico.

O uso constante leva à função dopaminérgica prejudicada, com uma redução na concentração sináptica da dopamina e na hipersensibilidade dos receptores pós-sinápticos observados no tratamento crônico.

Sendo assim, esse é um dos sintomas de quem cheira pó, mas o processo não acaba aí.

Isso porque a cocaína também exerce uma ação inibidora sobre a recaptação de outros neurotransmissores, como a noradrenalina e a serotonina.

Isso significa que o usuário começa a apresentar grandes dificuldades para se sentir feliz e ter sensação de prazer que não seja causada pelos efeitos da droga.

Pequenas quantidades de coca, menos de 10%, são excretadas na urina.

Portanto, ela pode ser encontrado na urina por 8 horas após uma pessoa cheirar cerca de 1,5 mg/kg, até um limite máximo de 12 horas.

A benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, pode ser administrada em até 144 horas após a ingestão.

A tolerância à droga se desenvolve de forma bem rápida no corpo. Isso faz com que a tolerância se reflita na redução de efeitos prazerosos, que se tornam menos intensos e são superados apenas pelo aumento das doses e pela redução dos intervalos entre as doses.

Desse modo, o desejo de tentar novamente o prazer inicial e escapar da ansiedade leva ao uso compulsivo da substância, levando a compulsões reais durante as quais o dependente não se alimenta, não dorme, fica cada vez menos eufórico, mais disfórico, agitado e agressivo.

Portanto, esses picos geralmente duram de 2 a 3 dias e são interrompidas por um colapso físico do sujeito que cai em um estado de dormência ou apatia ou quando entra no início de um estado psicótico real.

Complicações e perigos do uso da Cocaína

• Vasoconstrição e espasmos podem levar a ataques cardíacos.

• A arteriosclerose também é acentuada pela cocaína.

• As convulsões hipertensivas, causadas pela ingestão de cocaína, podem levar ao sangramento cerebral.

• Devido aos efeitos vasoconstritores da substância, a ingestão por via nasal pode levar a necrose e perfuração do septo.

• Hipertensão pulmonar e edema também podem acontecer. Inclusive, deu-se um nome popular para isso: o crack pulmonar.

Sendo assim, o uso crônico de cocaína, diminuindo o suprimento de dopamina, também pode causar hiperprolactinemia com ginecomastia (desenvolvimento das mamas nos homens), galactorréia e amenorréia.

Além disso, a libido diminui com desempenho sexual reduzido, causando impotência nos homens e anorgasmia nas mulheres.

Sem contar, claro, quem cheira pó está sujeito a desenvolver convulsões com uma frequência muito maior. Portanto, se você conhece alguém que sofra com o vício em cocaína, saiba que o processo é completamente reversível se essa pessoa receber os devidos cuidados em uma clínica especializada

Ou nos envie um e-mail para: [email protected]

Os 3 famosos que venceram o vício

Como já citamos, são inúmeros os casos de famosos que morreram em decorrência do abuso de drogas: Amy Winehouse, Micheal Jackson, Jim Morrison, Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr, entre muitos outros. A lista é extensa. No entanto, tem muita gente que conseguiu dar a volta por cima, e nós vamos falar de três exemplos. Acompanhe!

1. Robert Downey Jr

Se você nunca ouviu falar desse nome, é bem provável que o tenha visto no cinema, arrecadando bilhões de dólares em “O Homem de Ferro” e “Os Vingadores”. O ator, um dos mais bem-pagos de Hollywood, viveu tempos difíceis quando era dependente e quase teve sua carreira destruída pelo vício.

2. Vera Fischer

Vera Fischer era a mocinha de novelas globais e estava no seu auge, conhecida nacionalmente e interpretando papéis marcantes nas novelas. Ela, como muitos outros, se viciou em cocaína e teve o álcool como agravante. Passou por diversas internações, sendo a última em 2011. Hoje, a atriz afirma estar sóbria, mas ressalta que teve dificuldades para assumir que estava doente e precisava de ajuda.

3. Rita Lee

A voz feminina dos Mutantes e a autora da trilha sonora da vida de muitas pessoas, Rita Lee, também se envolveu com drogas. Em sua biografia, ela conta detalhes sobre o uso de substâncias entorpecentes e o impacto na sua vida. Ela afirma que chegou a experimentar praticamente todas as drogas e, muitas vezes, esteve sob o efeito delas ao compor.

Atualmente, Rita se dedica à escrita e a uma vida mais reclusa com seu marido, seus filhos e netos. Considera um milagre ter conseguido manter-se viva e diz não usar mais nada hoje em dia.

Esses exemplos de famosos que venceram o vício servem de inspiração para pessoas que também estão buscando uma saída e uma vida mais plena. Em todos os casos, é possível notar o papel crucial desempenhado pela família e pelos amigos. O tratamento e a reabilitação são fases pelas quais o dependente deve passar para aprender a lidar com suas limitações e a controlar seus gatilhos. Quer saber mais sobre clínicas de reabilitação e tratamentos contra as drogas? Entre em contato e saiba mais!

Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento?

atualizado em 9 de março de 2021por Grupo Salvando VidasDeixe um comentárioem Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento?

Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento? A heroína é considerada a droga mais viciante do mundo, inclusive ultrapassando a cocaína, o crack e as anfetaminas no ranking. Diante disso, como é realizado o tratamento de dependentes da substância?

As primeiras doses de heroína adentram a corrente sanguínea causando um bem estar profundo e de longa duração. No entanto, essa fuga da realidade cobra o seu preço com o passar do tempo. Com o uso repetitivo da droga, ela perde a sua potência devido à tolerância.

O custo da heroína é elevado, principalmente no Brasil. Os dependentes da substância são, em sua maioria, estadunidenses e europeus. De qualquer forma, mesmo com um número restrito de usuários, a droga faz muitas vítimas por aqui também.

A dependência química em heroína pode representar a ruína de diversas famílias. Seja pelos efeitos da droga propriamente dita ou seja pelos custos financeiros que ela acarreta. Mesmo cidadãos de bem podem ser tragados para a criminalidade por causa da droga.

E não se engane acreditando que isso ocorre por mau caratismo ou por falta de deus no coração. Assim como ocorre com qualquer outra droga, a dependência química é uma enfermidade e precisa ser tratada.

Quais são as opções de tratamento contra vício em heroína?

Existem diferentes estratégias que podem ser utilizadas no tratamento da dependência em heroína. Nos últimos anos, dois modelos têm se destacado: o europeu e o norte americano.

Confira mais detalhes sobre ambos: Heroína é a droga mais viciante do mundo, como é o tratamento?

1. Modelo europeu

Durante muito tempo, a heroína era prescrita por médicos para pacientes com fortes dores. Seus efeitos relaxantes e sedativos eram considerados semelhantes aos da morfina.

Contudo, a partir dos anos de 1960, essa realidade mudou. A heroína foi finalmente considerada uma droga e a sua prescrição foi proibida.

Quanto ao tratamento, o modelo europeu costuma intrigar o restante do mundo. No entanto, oferece bons resultados. Ele consiste em permitir que os usuários consumam a droga durante a recuperação, mas de maneira assistida. Na Dinamarca, há até mesmo um nome para os ambientes onde isso é realizado: skyen.

Nessas salas, a ideia é reduzir os riscos ao mínimo e diminuir a dosagem da droga dia após dia até que o paciente não tenha mais a necessidade de utilizá-la. Ao invés de uma desintoxicação repentina, o processo é gradual e mais demorado.

2. Modelo estadunidense

Nos Estados Unidos, a heroína também chegou a ser distribuída em hospitais como medicamento para dor. Porém, em um ato promulgado no ano de 1914, a droga foi proibida sob o risco de processo judicial direcionado ao médico responsável.

Os programas estadunidenses são mais rígidos que os europeus, pois inibem completamente o acesso à droga nas clínicas de reabilitação. Além disso, são utilizados fármacos como a metadona para reduzir os sintomas de abstinência.

O grande problema é que o acesso ao tratamento, assim como ocorre no Brasil, é feito em clínicas particulares. Sem um sistema de saúde pública gratuito, muitas pessoas acabam não tendo sequer a chance de conseguirem se recuperar.

Como é o tratamento da dependência em heroína no Brasil?

O Brasil foi um país que conseguiu se livrar da epidemia de uso de heroína, ao contrário de outros locais do mundo. Para os que tiveram contato com a droga e precisam de tratamento, a metodologia de ação é muito semelhante ao do modelo dos Estados Unidos.

O paciente é internado em clínicas de recuperação para que ocorra um diagnóstico preciso, seja elaborado um plano de ação personalizado e finalmente seja iniciada a desintoxicação. Podem ser prescrito medicamentos para conter os sintomas de abstinência.

Quando o corpo está livre da droga, chega o momento de tratar outros aspectos, como a parte emocional e psicológica. Para tanto, o paciente permanece internado e participando de grupos de apoio, oficinas laborais, terapias cognitivo comportamentais e atividades físicas.

Nas nossas clínicas, há profissionais capacitados para monitorar o avanço do tratamento e oferecer todas as condições para uma plana recuperação. Com isso, ao obter alta, a pessoa poderá retomar o seu dia a dia com confiança, autoestima e a consciência para não ter recaídas.

Deixe-nos te ajudar? Não desista!
Fale com um consultor agora mesmo!